quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pensamentos soltos

Tava na casa de meu pai na sexta com meu irmão caçula, o Sérginho. Como diz a Chal, ele é um "menino esperto", rsrs...
Eu estava lá com ele, quando me ocorreu que ele poderia gostar do conto do Chico Buarque que tá ai embaixo, o Chapeuzinho Amarelo.
Ele estava meio impaciente, querendo jogar no Playstation, mas quando eu comecei a ler ele ficou quieto, ouvindo, e fazendo perguntas, comentando cada fala...
Foi uma experiência ótima. No final ele pediu pra imprimir, rsrs...
Depois ele voltou a encher o saco e eu obriguei-o a fazer o dever de casa. Acho que vou arrumar mais umas histórias dessas pra acalmar meu incrível e criativo irmão caçula. Alguém tem uma dica!?

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Ps.: Comecei a dieta do abacaxi. Depois explico direito, hehe...
Pps.: Espero que a Tamara leia essa postagem. Ela virou professora de criancinhas e faz os pobrezinhos ouvirem "vai buscar Dalila ligeiro"... Aff...

Contos de buzú


Iniciando - oficialmente - a série "Contos de Buzú", vou escrever um texto novinho. Gosto de chama-lo de Chuva vista por... que abrange o ponto de vista de cada um sobre a chuva atual.
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Chuva vista por... Bisa.

Nunca gostei de sair na chuva. Eu sempre gostei da sensação de aconchego que ela tras, você em casa assistindo filme, tomando chocolate quente arragada em alguém e debaixo de um edredom macio. Aquela velha cena clichê. Que delícia!

Hoje eu gosto de sair na chuva, dá para imaginar centenas de motivos que a fazem existir - incluindo aqueles obvios que a gente aprende na aula de ciências: a água evapora, vira nuvem, cai a chuva e a água evapora, vira nuvem, cai a chuva... - como se ela fosse um ser pensante. Coisa de doido? Acho que não... Daí, no ônibus, num desses dias de chuva que deixam minha cidade em frangalhos, comecei a pensar na origem da chuva. E na personalidade da chuva.

Na mitologia maia, por exemplo, o deus da chuva, relampagos e trovões é o Chaac. Ele é o cara que controla tudo, e os maias rezavam pra ele antes da colheita. Quando a gente ouve assim essa história de deus, imagina logo uma figura humanóide. Eu não imagino a chuva como um deus ou uma figura humana. Na verdade a chuva antigamente era um cara legal, tranquilão e refrescante, que vinha lavar a terra em tempos esporádicos (o que hoje chamamos estações do ano). Suas caracteristicas principais era a de ser bem galante e ser chamado com frequencia pelas pessoas. Como ainda era muito jovem, deu um vacilo no diluvio, mas apesar disso ele continuou muito querido. Ele está sempre em vários lugares ao mesmo tempo e muda de estado como quem muda de penteado.

Um cara legal.

Um cara legal que acabou ficando estressado. Afinal de contas ninguém fica legal e relax pra sempre. O mundo mudou e Seu Chuva ficou um pouco mais velho. Mais susceptível a mudanças de temperamento. Na verdade ele ficou é bem ranzinza. Ranzinza bagarai. Pelo menos é o que o mundo acha - o Brasil, inclusive - que aconteceu de uns anos pra cá. Mas não é bem assim não. Na verdade o Seu Chuva não é um cara ranzinza, é um cara persipcaz.

Afinal de contas a função dele, além de regar lavouras, é limpar a terra. E a nossa terra tá é bem suginha. Daí ele resolveu resolver. E tá tentando até hoje. Enchendo alguns rios, alagando algumas casas, criando umas ondinhas...

Eu até gosto da chuva, mas acho que ele anda meio rebelde esses dias. E tenho dito!

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Esse escrito foi feito pela Bisa, que mora na cidade, tem um carro que polui o meio ambiente e tem a mania insistente de julgar os outros. Breve veremos a chuva na visão da Sá Melita, que mora na roça e é uma das pessoas que chamam a chuva e ela não vem.